Exames de diagnóstico e acompanhamento

Os exames abaixo poderão ser solicitados pelos médicos.

Hemograma: é o exame de sangue comum, realizado com uma amostra de sangue colhida das veias. Avalia e quantifica as células do sangue (hemácias, leucócitos e plaquetas). O exame é útil no diagnóstico de doenças que afetam a produção do sangue e nas infecções. É solicitado rotineiramente para acompanhar o tratamento quimioterápico e para controlar a evolução da doença.

Mielograma: é um exame colhido da medula óssea, a parte interna dos ossos, de onde o sangue se origina. Avalia a “fábrica do sangue” ,verifica a forma e quantifica as células que dão origem aos leucócitos, hemácias e plaquetas. O procedimento da coleta é realizado no osso da bacia , ou no osso do esterno, com uma anestesia local (feita na pele) . A coleta é realizada por médico especializado.

Figura 1:A figura 1 mostra o local da bacia onde é feito o exame, a agulha e a seringa usadas para a coleta de mielograma.

Aplica-se uma pequena anestesia na pele e coloca-se uma agulha,é que é introduzida até alcançar o interior do osso. Quando atingido este local, com ajuda de uma seringa , aspira-se algumas gotas do material do interior do osso (medula óssea). Esse exame pode ser realizado em consultório médico ou em laboratórios. Possui duração aproximada de 10 minutos.
O paciente sente um pequeno desconforto na hora da anestesia e no momento em que é feita a aspiração, mas em geral é um desconforto leve e passageiro. O local da agulha pode ficar levemente dolorido por alguns dias, outros sintomas não são esperados e se presentes devem ser avaliados por um médico.

Imunofenotipagem: é um exame que utiliza soros com anticorpos específicos para caracterizar melhor as células doentes. O exame é realizado com material da medula óssea ou com o sangue periférico.

Biópsia de Medula Óssea: O exame neste caso, é preparado a partir de um pequeno fragmento de osso da bacia, que depois de retirado é colocado em parafina, cortado, fixado em lâminas e examinado ao microscópio. Figura 2

A figura 2 : a agulha de biópsia de medula penetrando no osso, para retirada do fragmento. No centro, o paciente e o local onde é colocada a agulha de biópsia e ao lado esquerdo, imagem das células que são examinadas.

Este exame é mais invasivo que o mielograma por retirar um pequeno pedaço do osso que permite uma visão ampla da medula óssea, com ele observa-se a arquitetura e distribuição das células hematopoiéticas.
Adultos podem fazer a biópsia de medula recebendo uma anestesia local ou geral. Crianças em geral, são levadas ao centro cirúrgico e recebem uma leve sedação. A biópsia é realizada no laboratório ou no consultório médico dependendo da opção de anestesia, com o paciente deitado e dura em média 20 minutos.

Após o exame o paciente fica com um pequeno curativo e sente dor leve no local, com possibilidade de ter uma mancha rocha como se tivesse sofrido uma queda, mas nada que impeça a movimentação. Por precaução pede-se que o paciente não faça exercícios por alguns dias. A dor regride rapidamente, em geral em uma semana todos sinais desapareceram. Caso algum outro sintoma apareça é necessário consultar o médico.

Biópsia de Linfonodo: é uma pequena cirurgia para retirada do linfonofo (íngua ou caroço) para análise. O material retirado é colocado em bloco de parafina, cortado, fixado e corado em lâminas de vidro para análise em microscópio. Este exame possibilita o diagnóstico e a classificação adequada dos linfomas, mas pode ser indicado para o diagnóstico de doenças infecciosas e outros tumores.

Coleta do Líquor: líquor é um liquido que passa dentro da coluna vertebral, parecido com água, é claro com pequenas quantidades de proteína, potássio, glicose, cloreto de sódio e células.
O líquor é obtido por uma picada com uma agulha especial na coluna vertebral. O exame de líquor é usado para afecções no sistema nervoso central e é muito útil no diagnóstico e tratamento de doenças linfoproliferativas (especialmente em leucemias linfoides agudas, linfomas agressivos T e B). As células da leucemia podem entrar no Sistema Nervoso Central (SNC) e a forma de fazer o diagnóstico é por meio da análise do líquor. É possível fazer o tratamento do sistema nervoso, injetando quimioterapia no liquor.

Imunoistoquímica: exame que utiliza soros com anticorpos específicos para caracterizar melhor a população de células doentes. É realizado no material obtido a partir de biópsia, seja da medula óssea, de um linfonodo ou de qualquer tecido.

Citogenética: tem a função de avaliar numericamente e morfologicamente os cromossomos nas células tumorais. Colhe-se material da medula ou do sangue na veia periférica. A variação cromossômica é importante para diagnóstico, prognóstico e evolução da doença e do tratamento.Figura 3.

Figura 3: Cariótipo -exame que analisa os cromossomos , seu tamanho, perdas, ganhos e trocas de fragmentos.

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