Entrevista exclusiva – Dr. José Ulysses Amigo

Entrevista exclusiva com a Dra. Mary Flowers no XXIX Congresso SBTMO
27 de agosto de 2025

Entrevista exclusiva – Dr. José Ulysses Amigo

(Esquerda para a direita) Natalia Moreno, Dr. José Ulysses Amigo e Dra. Carmen Vergueiro no Congresso SBTMO

Autora – Flávia Fabreti

Durante o XXIX Congresso SBTMO,tivemos a oportunidade de entrevistar o Dr. José Ulysses Amigo.

(Esquerda para a direita) Natalia Moreno, Dr. José Ulysses Amigo e Dra. Carmen Vergueiro no Congresso SBTMO

Formado pela UNESP Botucatu, com residência em Clínica Médica e Hematologia na USP, o Dr. Ulysses atua como médico no Centro de Transplante de Medula Óssea e Terapia Celular da Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de ser coordenador médico do projeto PROADI-SUS “Mais TMO”. (Fonte: https://www.escavador.com/sobre/353765/jose-ulysses-amigo-filho )

O PROADI-SUS (Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde) é uma aliança entre seis hospitais de referência no Brasil e o Ministério da Saúde. Criado em 2009, seu propósito é apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandadas pelo Ministério da Saúde (Fonte: https://hospitais.proadi-sus.org.br/).

Durante a entrevista, Ulysses destacou o impacto do projeto:
“Quem se beneficiou desse projeto nesses dois triênios foram os pacientes. Uma coisa que fez muita diferença na vida das famílias foi chegar até um hospital de referência, de alta complexidade, de excelência, e realizar o transplante seguindo os critérios do PROADI. Com certeza esses pacientes se beneficiaram, disso não tenho dúvida.” De acordo com os dados do poster apresentado no congresso, de junho de 2022 a março de 2025, o programa realizou 78 transplantes através do PROADI.

Segundo ele, os pacientes do PROADI-SUS vêm de diferentes regiões do país, o que demonstra a abrangência da iniciativa:
“Recebemos pacientes de Brasília, mas também recebemos casos de estados como Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro e São Paulo. Esse fluxo mostra a dimensão do projeto.”

Ao ser questionado sobre o acompanhamento dos pacientes, o médico explicou: “Nos transplantes autólogos, o paciente retorna ao centro de origem com 30 dias. Nos alogênicos, seguimos até cerca de 100 dias e depois fazemos um relatório e reuniões de reencaminhamento com a equipe médica e multidisciplinar do centro de origem. Se houver intercorrências após esse período, atuamos como consultores, mas a responsabilidade passa a ser do centro transplantador.”

Para finalizar, o Dr. Ulysses falou sobre o novo projeto do PROADI, que pretende avançar no acompanhamento das complicações pós-transplante: “Estamos tentando construir um projeto de complicações de transplante. Esse é um espaço ainda meio abandonado, o acompanhamento pós-transplante. A ideia é que possamos não só dar consultoria de manejo, mas também oferecer recursos diagnósticos e apoio em medicamentos, construindo isso junto com os centros.”