Tratamento para Leucemia e Linfoma
23 de novembro de 2016
Linfomas – Definição
23 de novembro de 2016

Leucemias – Definição e Etiologia

As leucemias são cânceres das células do sangue. Essa doença afeta crianças e adultos e tem como principal característica o acúmulo de células jovens ou imaturas anormais (blastos) na medula óssea -local de produção de células do sangue.

Definição e etiologia

As leucemias são cânceres das células do sangue. Essa doença afeta crianças e adultos e tem como principal característica o acúmulo de células jovens ou imaturas anormais (blastos) na medula óssea -local de produção de células do sangue. Esse acúmulo inibe o crescimento e boa funcionalidade das células normais causando fraqueza e a falta de ar, resultantes da presença de um número pequeno de glóbulos vermelhos (anemia), infecção e febre, resultantes de uma quantidade e função inadequada de leucócitos, e sangramento, resultante de uma quantidade baixa de plaquetas.

As células leucêmicas saem da medula óssea, onde são produzidas e são liberadas na corrente sangüínea e transportadas até o fígado, baço,linfonodos ou gânglios, cérebro, rins e órgãos reprodutivos, onde continuam a crescer e a se dividir. A presença de células leucêmicas no cérebro pode causar dores de cabeça, vômito e irritabilidade, e, a expansão na medula óssea, pode causar dores ósseas e articulares.

É uma doença maligna de origem desconhecida, na maioria das vezes. Alguns fatores estão associados ao desenvolvimento da doença, como: exposição às radiações por raios ultravioletas do sol, conseqüências da Bomba que atingiu Hiroshima e acidentes biológicos, como o de Goiânia, infecções virais e ocorrências de erros genéticos nas células em divisão.

É importante saber que a leucemia não é contagiosa e nem hereditária (não é transmitida de pai para filho). Muitas pessoas confundem e pensam que uma leucemia é decorrente de uma forte anemia e isso não é verdade. As anemias ocorrem por diversas causas e não evoluem para leucemia. Entretanto, pacientes com leucemia freqüentemente apresentam quadros de anemia devido à doença e ao tipo de tratamento quimioterápico.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil tem uma taxa estimada de sete casos para cada 100.000 habitantes por ano.

Classificação das leucemias

Existem vários tipos de leucemia, que são denominados de acordo com a rapidez de sua evolução e do tipo de célula afetada. O objetivo de classificar o tipo de leucemia é definir o tratamento adequado e o prognóstico do paciente.

As leucemias são divididas em agudas e crônicas. As leucemias agudas se instalam rapidamente, em dias ou poucos meses o paciente apresenta na maioria dos casos: fraqueza, cansaço excessivo, perda de peso, palidez, sangramentos, anemia e infecções contínuas. As células que caracterizam a leucemia aguda são chamadas “blastos”, por serem imaturas e se duplicarem rapidamente.

Em crianças, é a neoplasia mais frequente,representando 80% das leucemias nessa faixa etária,com sobrevida em 5 anos de 79%. Nos adultos, constitui 15% te todas as leucemias, com sobrevida de 5 anos de cerca de 30%.

As leucemias crônicas se instalam lentamente, os sintomas não são muito evidentes, muitas vezes o diagnóstico é feito através de um exame alterado de rotina sem que o paciente tenha percebido qualquer sintoma de cansaço, fadiga, emagrecimento ou aumento do baço (esplenomegalia), caracterizando a doença. A doença costuma ser menos agressiva e as complicações podem levar meses ou anos para ocorrer.

A leucemia também pode ser classificada pelo tipo de célula que origina a doença. A célula-tronco ou célula-mãe que dará origem às células sanguíneas, normalmente se diferencia em células linfóides, originando os linfócitos B e T e em células mielóides, dando origem aos outros glóbulos brancos (neutrófilos, basófilos, eosinófilos e monócitos), aos eritrócitos ou glóbulos vermelhos e às plaquetas.Quando há alteração na célula linfóide, a leucemia é denominada linfóide aguda ou crônica(LLA ou LLC). E quando a alteração é na célula mielóide, a leucemia é denominada mielóide(LMA ou LMC).

O diagnóstico das leucemias pode ser feito utilizando-se o esfregaço de sangue periférico e de medula óssea. Através do quadro clínico e os exames laboratoriais a doença será classificada em um subtipo específico de leucemia e o paciente terá seu diagnóstico confirmado.

As leucemias são definidas pela clássica classificação FAB (Grupo Cooperativo Francês, Americano e Britânico), que se baseia nas características morfológicas – citoquímicas e imunofenotípicas das células doentes e na classificação da OMS ou WHO (World Health Organization), proposta em 1997, para as doenças neoplásicas dos tecidos hematopoiético e linfóide. Essa classificação visa facilitar o progresso no entendimento e tratamento das neoplasias hematológicas e baseia-se na combinação dos aspectos citogenéticos/moleculares e clínicos associados aos dados morfológicos e imunofenotípicos.

Leucemia Aguda(LLA/LMA): Indicações ao TMO

  • LLA de alto risco, em primeira remissão completa( incluido Citogenética: Cromossomo Philadélphia + e translocações);
  • Infiltração leucêmica no testículo e Sistema Nervoso Central;
  • Ausência de resposta completa dentro de 4 semanas do tratamento inicial;
  • Segunda resposta completa em diante.

Leucemia Mielóide Crônica (LMC):Indicações ao TMO

A leucemia mielóide crônica é causada por um defeito genético específico-a translocação do cromossomo 9 e 22( cromossomo philadélphia)- produzindo o BCR-ABL, que interfere na atividade de uma enzima (tirosino-quinase) das células que se tornam malignas e se proliferam dando origem a doença. Representa 15% a 20% de todos os casos de leucemia. Pode ocorrer em qualquer idade. sendo seu pico de incidência entre os 50 e 60 anos.

O transplante continua sendo a única alternativa de tratamento potencialmente curativo. Entretanto o uso de inibidores de tirosino-quinase, como o Imatinib, oferece altas taxas de resposta. O TMO alogênico deve ser considerado nas seguintes situações:1) intolerância à droga; 2) falha de resposta hematológica após 3 meses de tratamento ou resposta citogenética após 6 a 12 meses com Imatinib;3) progressão dsa doença ou crise blástica.