A história de superação de Luiz e Luzia

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A história de superação de Luiz e Luzia

Era 2013 quando Luiz viajou para a Bahia para passar férias com a família. A expectativa era aproveitar os dias de descanso, reencontros e tranquilidade. Mas poucos dias após chegar, começou a se sentir mal. “A febre não baixava. Era sempre 38 graus pra cima. Aquilo não era normal”, conta. Ao procurar atendimento médico em um hospital local, veio o susto: os exames apontaram algo grave.

Do outro lado, em São Paulo, Luzia, sua mãe, recebeu a notícia e não hesitou. Pediu que o filho voltasse imediatamente para a capital paulista para continuar a investigação e iniciar o tratamento. Assim que chegou, Luiz repetiu os exames e o diagnóstico foi confirmado: leucemia linfóide aguda.

O que seria um mês de férias se transformou em uma luta diária contra a doença. Luiz foi direto para a UTI e, com o quadro considerado grave, iniciou um tratamento intenso. Luzia acompanhava tudo, com o coração apertado, mas com a fé inabalável de que ele iria superar.

Durante esse período, foi no hospital que Luzia ouviu falar pela primeira vez da AMEO. Um pai que também acompanhava o filho em tratamento indicou a organização como um espaço de acolhimento e apoio para famílias na mesma situação. A curiosidade e o carinho surgiram ali. “Achei lindo o trabalho da AMEO. Me encantei desde o início”, lembra Luzia.

Com o tempo e a força do tratamento, Luiz foi vencendo a doença. O transplante de medula óssea foi um dos momentos mais delicados, mas também um divisor de águas em sua recuperação. Após vencer a fase mais crítica, ele sentiu que era hora de retomar a vida — e o desejo de concluir aquela viagem interrompida em 2013 voltou com força.

Já recuperado, ele retornou à Bahia, em 2019, para, finalmente, viver os dias de descanso que havia planejado anos antes. Mas não imaginava que seria recebido com uma surpresa emocionante: a família o aguardava em frente ao ônibus com uma faixa dizendo “Bem-vindo, Luiz, curado”. “Foi uma surpresa. Eu não esperava. Minha tia tinha feito um propósito de que, se eu voltasse curado, teria que ir direto à igreja agradecer”, conta. “Eu fiquei com vergonha, mas também me senti muito amado.”

Enquanto Luiz se reencontrava com a vida, Luzia se aproximava ainda mais da AMEO. Começou como voluntária, ajudando em dias de folga, especialmente na antiga casinha da instituição — antes mesmo da criação da atual Casa do Transplante. “Sempre dizia para as assistentes sociais: se surgir uma vaga, me chamem. Eu amo estar aqui.”

E o chamado veio. Luzia passou a integrar oficialmente a equipe da AMEO, atuando hoje na Casa do Transplante com o mesmo carinho com que cuidou do filho em todo o processo. “É um lugar que me acolheu num dos momentos mais difíceis da minha vida. Poder fazer parte disso hoje é uma forma de retribuir.”

A história de Luiz e Luzia é marcada por resiliência, fé e, sobretudo, por amor — aquele que transforma o cuidado em cura e a dor em força. É também a prova de como o apoio certo, no momento certo, pode fazer toda a diferença.