Alunos mobilizam pessoas para doarem sangue como ação final do Projeto Educar para Doar da AMEO.

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Alunos mobilizam pessoas para doarem sangue como ação final do Projeto Educar para Doar da AMEO.

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No dia 30 de abril estudantes do 9° ano do Colégio da Polícia Militar da Penha (Zona Leste de São Paulo) encerraram a participação no “Educar para Doar”. Os garotos de 13 anos tinham como missão criar uma campanha para motivar conhecidos a irem ao Hemocentro da Santa Casa de São Paulo para doarem sangue. E conseguiram: 36 pessoas compareceram ao Hemocentro convocados pelos estudantes.

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Pessoas aguardando para doarem sangue no Hemocentro da Santa Casa no dia 30 de abril.

O projeto “Educar para Doar” fez a primeira visita ao colégio no dia 14 de março, onde foi feito um teatro para conscientizar a criançada sobre doação de sangue. No teatro é contada a história de dois amigos que estão andando pela rua de bicicleta, quando um dos amigos é atropelado, perdendo muito sangue e, assim, precisando de sangue.

Depois da encenação, as colaboradoras do projeto pedem a ajuda dos alunos para, hipoteticamente, conseguir sangue. Todos se dispõem, mas, quando expostas as restrições da doação, os alunos que não podem sentam-se, ao final, poucos permanecem de pé, exemplificando como é difícil conseguir doadores na vida real. Ao final da visita os alunos ficam encarregados de responderem um questionário online disponibilizado no site da AMEO.

O intuito do questionário é fazer com que os alunos levem a discussão para dentro de casa, para conversarem com os pais. Segundo a responsável pelo projeto, Silvia Meirelles, muito dos estudantes sequer ouviram falar sobre doação de sangue. “Eles descobrem muitas coisas com a visita e levam isso pra casa. É a primeira vez que conversam sobre isso no ambiente domiciliar”, afirma a pedagoga.

O pai de uma aluna, Eduardo José da Silva, confirma a opinião da pedagoga: “Fiquei surpreso quando minha filha trouxe esse assunto pra casa. Pra mim foi uma novidade”, explica Eduardo. Ele é doador de sangue voluntário há anos, no entanto, nunca havia trazido a pauta para discutir com a filha Samira de 13 anos. “Nunca surgiu a oportunidade de conversar a respeito disso com ela”, confessa Eduardo. Ele apóia o projeto e considera a temática de muita importância “Acho que deveriam fazer com mais freqüência, pela necessidade que se tem em ter doadores”, conclui.

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Samira (de azul) e suas colegas no Hemocentro da Santa Casa. Elas ficaram responsáveis por fazer questionários com os doadores.

Na segunda visita do projeto a escola, as voluntárias propõem aos alunos que eles façam uma campanha para mobilizar doadores a irem ao hemocentro mais próximo e combinam o dia da doação com os alunos. Até essa data, os estudantes devem criar uma campanha com logo, slogan e mascote. Segundo Silvia, o “Educar para Doar” não pretende que o número de doadores seja grande. “O objetivo é fazer com que os alunos se envolvam com a causa e façam a campanha com empolgação”, esclarece. Para ela o ideal seria que as escolas também se envolvessem a ponto de repetir todo ano o projeto dentro da grade pedagógica. “Isso seria bom para criar uma cultura de doação nas crianças” justifica Silvia.

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O envolvimento dos alunos foi grande, eles ajudaram dando senha para quem chegava ao Hemocentro, distribuíram lanches para quem chegava a cantina, estimularam a ouvidoria, e até senha no estacionamento distribuíram. A Coordenadora de Captação e Doadores de Sangue, Lílian Razaboni, considerou a ação dos alunos proveitosa. “Foi muito legal ver o envolvimento dos alunos nos ajudando em todos os momentos” elogiou. “A presença desses jovens aqui poderia acontecer mais vezes” finaliza Lílian. O Hemocentro da Santa Casa de São Paulo costuma receber em média 250 doadores por sábado, dos quais apenas 200 conseguem doar sangue de fato. No sábado da ação só 183 pessoas compareceram para doar, apenas 129 doaram sangue. Lílian disse que o sábado foi fraco e a ajuda dos alunos contribui bastante para que o número de doadores aumentasse.

Por: Andressa Villagra

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