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A CONITEC (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde) quer ouvir relatos de pacientes voluntários, no espaço “Perspectiva do Paciente”, com o objetivo de oferecer a visão do usuário do SUS ao relatar suas experiências no enfrentamento das mais diversas condições de saúde. Desta vez, a comissão abriu uma chamada pública para a participação social no processo de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) a respeito do Blincyto (Blinatumomabe) para tratamento de pacientes pediátricos com leucemia linfoblástica aguda (LLA) de linhagem B recidivada ou refratária.

A chamada pública N° 57/2021 teve início dia 18 de outubro e segue com inscrições abertas até o dia 02 de novembro. As inscrições são on-line e se você se interessou, clique aqui. A participação ocorrerá na reunião de apreciação inicial da tecnologia em avaliação, que antecede a consulta pública. Também é a ocasião em que o Plenário da CONITEC faz a recomendação preliminar da demanda. Para cada tema da pauta, haverá apenas um depoimento.

A CONITEC é a responsável pela liberação e incorporação uma nova medicação no SUS (Sistema Único de Saúde), para isso, algumas vezes, a comissão possibilita a participação social por meio de relatos de pacientes voluntários. Segundo a médica onco-pediátrica, Dra. Adriana Seber, o caso desse medicamento foi muito diferente, pois “eles pediram a opinião dos pacientes sobre o Blinatumomabe antes mesmo de ter o documento médico que defende ou não a incorporação no SUS”, conta ela.

Dra. Adriana Seber explica que muitas crianças fizeram uso de tal medicação, obtiveram bons resultados e chegaram até o transplante de medula óssea. “Achamos que é muito importante divulgar essa informação para que as famílias das crianças que se beneficiaram com este medicamento possam contar para a CONITEC como foi importante e como foi muito mais fácil do que tomar a quimioterapia”, ressalta a médica.

O medicamento entrou na lista da CONITEC por uma iniciativa da ABHH (Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular) e da indústria. O medicamento já é usado há muitos anos, mas para que ele incorporado no SUS é preciso passar por uma análise de fármaco-economia que leva em consideração diversos dados e fatores para saber qual a expectativa de gasto com aquela medicação e qual o benefício esperado. Então para que isso seja feito é preciso submeter um dossiê completo para passar pela aprovação da CONITEC.

Nas crianças que têm recaída e tomam o Blinatumomabe, pelo menos um ciclo antes do transplante, a chance de se curar com o transplante aumenta pelo menos 20%, segundo ela. “Existem trabalhos europeus e americanos demonstrando o benefício do Blinatumomabe pré-transplante. Esses dois grandes grupos de pesquisa defendem que a nova rotina correta de tratar uma criança com LLA com recidiva é primeiro com quimioterapia, depois Blinatumomabe, e por último o transplante. E isso é uma mudança muito grande!”. Assim, a médica explica a importância de a medicação receber a aprovação da CONITEC e passar a estar disponível para os pacientes do SUS.

Texto por: Andressa Villagra