Entrevista exclusiva com a Dra. Patricia Freire no XXIX Congresso SBTMO

Entrevista exclusiva com Dra. Danielli Oliveira no XXIX Congresso SBTMO 2025
4 de setembro de 2025

Entrevista exclusiva com a Dra. Patricia Freire no XXIX Congresso SBTMO

Durante o XXIX Congresso SBTMO, tivemos a honra de entrevistar a Coordenadora Patrícia Freire, coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes.

Formou-se em Enfermagem pela UFG, com especializações em Saúde Pública, Gestão da Clínica no SUS e Regulação, além de aperfeiçoamento na Espanha em doação e transplantes. Sua atuação tem sido vital para fortalecer o TMO no país.

Como coordenadora-geral do Sistema Nacional de Transplantes, ressalta que a rede de apoio ao paciente deve ser melhorada e fortalecida, pois, sem estrutura, o paciente fica desamparado.

Ela também destaca como a comunicação é fundamental: “Falta comunicação. . Um hospital está com vaga, o outro não está, e o paciente acaba perdido nesse caminho.” “Muitas vezes o paciente perde o momento do transplante por conta de burocracia.”

A coordenadora comenta ainda sobre a necessidade de organização: “A gente precisa trabalhar em rede colaborativa. Hoje tudo acontece de forma muito informal, e isso não é o ideal.”

Dra. Patrícia também falou sobre seus futuros projetos e mudanças como coordenadora. Segundo ela, a proposta é tornar as normas mais claras e objetivas: “O regulamento técnico não é um compêndio médico. Simplificamos as indicações para deixar claro que o momento do transplante é uma decisão de protocolo médico.”

Ela acrescenta que novas indicações estão sendo analisadas pela Conitec, ampliando as possibilidades de acesso dos pacientes: “Já solicitamos a ampliação de uso para todas as doenças apontadas no fórum, e estamos aguardando a avaliação da Conitec. A ampliação de uso é um pouco menos complicada que a incorporação de uma nova tecnologia, então acreditamos que será mais rápido.”

Uma novidade é que haverá no Sistema Nacional de Transplantes novos profissionais contratados para tratar exclusivamente dos transplantes de medula óssea, desta forma podemos esperar maior resolutividade das questões que são encaminhadas ao SNT.

Para finalizar, Patrícia destacou a necessidade de usar tecnologias para melhorar o atendimento aos pacientes: “Quem não é visto, não é lembrado. Precisamos de um sistema informatizado robusto para dar visibilidade aos pacientes.”

Assim finalizamos nossa entrevista confiantes de que teremos um forte apoio do Sistema Nacional de Transplantes para o desenvolvimento do Transplante de Medula Óssea,” o ano de 2026 será o ano da Medula, diz Patrícia Freire!”