30 de maio de 2018
A sétima edição do projeto Educar para Doar no Colégio Augusto Ruschi, em Guarulhos, contou com a presença de uma voluntária especial. Fernanda Costa Tonello Nascimento, 20 anos, participou do último encontro que ocorreu na escola no dia 17 de maio. Ela estudou nesse colégio, participou do projeto como aluna e hoje está voltando ao Educar para Doar como voluntária.
O projeto Educar para Doar da AMEO vai até escolas para realizar ações de conscientização de alunos e familiares sobre a doação voluntária de sangue. Fernanda participou do encontro promovido na escola que discutiu as campanhas já desenvolvidas pelo nosso projeto e incentivou os alunos a pensarem na campanha que a própria escola vai fazer.
Fernanda conta que foi uma experiência inesquecível quando participou do projeto como aluna. “Pudemos nos adentrar nesse mundo da cabeça aos pés e perceber a grande importância de tudo que envolve a saúde e solidariedade”, lembra ela. A artista circense relembra que ficou admirada com o trabalho da AMEO. “Sempre quando podia, tentava ajudar de alguma forma. Comecei então a participar todo ano da festa junina como voluntária e, quando conseguia arrecadar alguma coisa (como leite, kit higiene, etc…) nos lugares em que eu frequentava, mandava para a AMEO”.
No entanto, ela queria poder ajudar mais. Foi quando o gerente da AMEO teve a ideia dela poder ajudar como monitora voluntária no projeto Educar para Doar. “Foi uma experiência muito bacana poder voltar à escola em que estudava, só que do outro lado. Uma sensação muito boa de ver a animação dos alunos e a iniciativa solidária deles com tanto entusiasmo. Fez-me lembrar do quão gratificante era participar desse projeto e saber que estaria ajudando tanta gente”, relata Fernanda sobre a experiência.
A professora Giane do Colégio Augusto Ruschi que acompanha o projeto desde o início conta que Fernanda sempre foi uma aluna muito participativa. “Ela é uma pessoa diferenciada, uma jovem que sempre buscou participar de todas as atividades curriculares e extras também”. A professora ainda completa orgulhosa “Saber que a Fernanda voltou significa que estamos no caminho certo!”.
Fernanda acredita que hoje vê o projeto com outros olhos. “Hoje é possível perceber que esse projeto é muito maior do que pensava. Possui uma tremenda importância, pois através da educação e conscientização que formamos as pessoas para nossa sociedade”. Ela ainda ressalta a importância do projeto. “Através do Educar para Doar, podemos formar pessoas solidárias com a saúde e com seu próximo. Isso possui um valor inestimável”, afirma a ex-aluna.
Para a funcionária do projeto Anna Cecília de Alencar Reis, 24 anos, ver a participação de Fernanda no Educar para Doar é ter o retorno de que o projeto atingiu realmente os alunos e a escola, que participa desde 2012. “Ela voltar e querer entrar no projeto e nos ajudar a seguir com ele, nos mostra o quanto vale a pena realizar o educar para doar nas escolas. É um retorno muito gratificante”, conta alegre Anna Cecília.
A monitora do projeto conta que os alunos ficaram entusiasmados em escutar da Fernanda como foi participar do projeto e como foi a produção da campanha nos outros anos. “Acredito que a ação da Fernanda conosco, mesmo em outras escolas, poderá trazer a experiência de alguém que participou e que viveu as etapas do projeto de dentro. Com ela, acho que os alunos podem notar como o projeto pode atingir as pessoas e torná-los conscientes das questões propostas”.
Segundo Fernanda é por meio do espaço escolar que é possível começar a compreender o mundo e a se formar como pessoa. E ao momento que é possível vivenciar e descobrir a grandeza de ser solidário, para ela isso faz com que a postura com o próximo muda completamente. Ela conta ainda o que o projeto significa ela individualmente. “Sabe aquela frase que tantos jovens pensam e anseiam: a de “mudar o mundo”? Ao longo dos anos vamos percebendo que “o mundo” é grande demais, mas que é possível mudar aqueles que estão próximos a você. Isso já é uma coisa importantíssima! E com o projeto é possível conscientizar, mudar e ajudar muitas pessoas”. Ela ainda completa comentando sobre o papel da AMEO. “Penso que em meio a tanto individualismo e indiferença, a AMEO e o Projeto Educar para Doar (e todos seus outros projetos da entidade) nadam contra a maré com grandeza e solidariedade”, finaliza Fernanda.
Texto: Andressa Villagra