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Síndrome Mielodisplásica (SMD)

A síndrome mielodisplásica (SMD) é uma doença que se manifesta geralmente em adultos na idade de 50-60 anos. Ela ocorre devido ao comprometimento das células da medula óssea, “células mãe” do sangue, que formam um clone de células que se multiplicam muito, mas apresentam defeitos que impedem a maturação. Assim sendo, a manifestação inicial decorre da falta de células maduras no sangue, ou da “citopenia”, que é a diminuição de células sanguíneas, sejam elas os glóbulos vermelhos, os glóbulos brancos ou as plaquetas. Muitas vezes o diagnóstico é feito pelo encontro de uma “citopenia” no hemograma de rotina, outras vezes pelos sintomas decorrentes da anemia (fraqueza), ou da diminuição dos glóbulos brancos (infecções) e das plaquetas( sangramentos espontâneos). A doença chamada SMD apresenta vários subtipos e várias classificações, que são importantes para que sejam definidos o prognóstico e o tratamento.

De acordo com a classificação das SMDs pela Organização Mundial de Saúde (2001), a doença pode ser caracterizada como primária ou secundária (relacionada a tratamento quimioterápico). Os subtipos são assim caracterizados:

• AR (Anemia Refratária- necessários pelo menos 6 meses de anemia não relacionada a outras causas);
• Síndrome do 5q- (mais comum em mulheres acima de 60 anos, importante displasia do setor megacariocítico, bom prognóstico);
• ARSA (Anemia Refratária com Sideroblastos em Anel – >20% de Sideroblastos em Anel no estudo do ferro medular);
• CRDM (Citopenia Refratária com Displasia de Multilinhagens);
• AREB-I (Anemia Refratária com Excesso de Blastos I – Blastos entre 5 e 10%);
• AREB-II (Anemia Refratária com Excesso de Blastos II – Blastos entre 10 e 20%);
• subtipos inclassificáveis.

Os exames empregados para o diagnóstico e classificação dos subtipos das SMDs são: hemograma, mielograma, biópsia de crista ilíaca, imunofenotipagem, citogenética, cariótipo e PCR.

Os subgrupos tem evolução, prognóstico e sobrevida diferentes. Existem aqueles que tem evolução longa, sem manifestações clinicas muito importantes, até os que evoluem rapidamente para quadros graves de leucemia aguda. Com a avaliação completa do paciente e dos exames, será possível indicar o melhor tratamento.