23/04/2018

Nesta segunda-feira, 23 de abril, começa a distribuição de vacinas contra a gripe e vai até dia 1 de junho, sendo realizado em 12 de maio o Dia D considerado a data mais importante de mobilização no país. A vacinação vai assegurar proteção contra os três subtipos do vírus de maior incidência: H1N1, H3N2 e Influenza B.

A imunização está voltada para pessoas com mais de 60 anos, gestantes, crianças com idades entre seis meses e 5 anos, pessoas com doenças crônicas (como diabetes, asma e artrite reomatoide), pacientes imunossuprimidos (como pacientes com câncer que fazem quimioterapia e radioterapia), trabalhadores da saúde, professores, povos indígenas, mulheres adolescentes com parto a menos de 45 dias e adultos privados de liberdade. Mas no primeiro momento a vacina será distribuída apenas para idosos, profissionais de saúde e indígenas.

Foto: Arquivo d’O Diário de Mogi

Segundo o Ministério da Saúde mais de 54 milhões de pessoas devem ser vacinadas. Serão atendidos os grupos de pessoas mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias. A gripe é uma doença séria, que mata mais de 650 mil pessoas no mundo todos os anos, segundo levantamento recente feito pela Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, apenas em 2017 foram registrados 2.691 casos e 498 mortes por influenza.

Vacinação contra influenza em pacientes oncológicos

A imunização que começa dia 23 de abril também abrange pacientes com câncer que fazem quimioterapia ou radioterapia. Mesmo sendo recomendada a vacinação para esses pacientes imunossuprimidos, muitos ficam na dúvida se devem tomar ou não.

Como recomendação geral, pacientes recebendo radioterapia, quimioterapia venosa ou oral, terapia-alvo ou pacientes pós-transplante podem receber com segurança a vacina anualmente.

Pacientes com tumores sólidos ou hematológicos estão incluídos no grupo de pacientes de risco maior para a infecção e complicações da gripe, tendo prioridade e também recebem a recomendação formal para se vacinarem.

A resposta à vacina contra a influenza pode variar de em cada paciente imunossuprimido. Recomenda-se, quando possível, administrar a vacina entre os ciclos de quimioterapia e utilizar medidas adicionais de proteção como lavar sempre as mãos, evitar lugares cheios de pessoas e até o uso da máscara.

Acompanhantes ou familiares em contato com pacientes com câncer, em especial criança, e profissionais de saúde também devem ser imunizados, desde que não tenham contraindicação.

Texto: Andressa Villagra