No último dia 07 de novembro, a AMEO foi uma das entidades mais votadas durante o “Orçamento Lúdico” proposto pela deputada estadual Marina Helou (Rede Sustentabilidade). Após uma votação popular, a AMEO foi escolhida no evento que faz parte do projeto “Laboratório LOA” e visa direcionar parte do orçamento público por meio de emendas parlamentares. O montante era de 500 mil a serem destinados a quatro propostas que serão beneficiadas com os recursos públicos.
A AMEO recebeu 100 mil reais para o projeto “Mapa do Transplante de Medula Óssea”. O evento, realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), reuniu membros da sociedade civil para conhecer projetos relevantes. Os recursos obtidos serão empregados para viabilizar uma nova edição do treinamento destinado aos hospitais do estado de São Paulo, com o objetivo de atualizar as informações na plataforma. Além disso, a intenção é transferir essa metodologia para a Secretaria de Estado de Saúde, transformando-a em uma política pública. Conheça mais do Mapa aqui.
A decisão sobre quais projetos seriam financiados ocorreu de maneira dinâmica e divertida, utilizando moedas de chocolate, a AMEO ganhou quase 30 votos. “A dinâmica vai ser divertida e lúdica, com moedas de chocolate para ilustrar o orçamento público, e a partir disso as pessoas devem escolher os projetos financiados. A participação é um dos pilares do meu mandato e procuramos desconstruir a ideia de que política é algo chato”, disse a parlamentar.
As iniciativas vencedoras são das Cine Manos e Minas: Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, que recebeu R$ 150 mil, Implantação de um Parque Naturalizado “Natu” no Jardim Camila: Secretaria de Urbanismo de Mogi das Cruzes, que recebeu R$ 150 mil, Café Delas – mulheres produtoras reais: Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, que recebeu R$ 100 mil, e o Mapa do Transplante de Medula Óssea da AMEO que recebeu R$ 100 mil.
“Essa é a boa política. As pessoas escolheram para onde vou destinar R$500 mil das minhas emendas parlamentares. A participação popular é um dos pilares do meu mandato e procuramos desconstruir a ideia de que política é algo chato”, enfatizou Marina Helou sobre a importância da participação popular na política. O captador de recursos, Gabriel Alegria, que fez contatos com os assessores da deputada para inscrever a AMEO na iniciativa. No dia do evento, Wagner Fernandes, gestor da AMEO, ficou responsável por apresentar o projeto e convencer os participantes de votarem no Mapa.
Durante o evento na Assembleia Legislativa de São Paulo, foram apresentadas um total de 12 propostas de projetos do estado de São Paulo para votação do público. Representantes de diversas entidades e órgãos públicos, incluindo as Secretarias de Estado de Saúde; da Justiça e Cidadania; de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística; da Cultura, Economia e Indústria Criativa, além das prefeituras de São Vicente, Mogi das Cruzes e Jarinu, o Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros e a Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo (AMEO).
O Mapa do Transplante
O Mapa do Transplante surgiu no âmbito do PRONON em 2019, com o primeiro curso para capacitar centros de transplante a registrar dados de transplantes alogênicos e teve duração de 18 meses. Durante esse período, uma equipe técnica foi treinada para desenvolver a plataforma do Mapa, 31 hospitais (que realizavam TMO não-aparentada no Brasil) participaram do treinamento e encaminharam os dados para a plataforma. Em 2022, sem o apoio do PRONON, a AMEO promoveu o segundo Curso de Capacitação para Gerentes de Dados com a participação de 44 hospitais (inclusive os que realizavam transplante autólogo). A plataforma do Mapa foi reformulada e ampliada para receber dados de transplantes autólogos. Nessa edição, novos hospitais foram capacitados e convidados a participar do Mapa.
Alimentada por dados de hospitais do Brasil todo, a plataforma on-line disponibiliza suas informações para médicos e público em geral. O Mapa compila dados sobre o total de transplantes de medula óssea reportados, números de pacientes transplantados, faixa etária, diagnóstico, tipo de transplante, número de óbitos, taxa de sobrevida, região, centro transplantador, etc. A plataforma criada com o apoio científico de profissionais da saúde e de TI, permite diversas possibilidades de filtro para análises personalizadas.
Sem patrocínio específico para o projeto, a AMEO buscou novas parcerias para continuar o funcionamento do Mapa. A verba angariada será utilizada para oferecer mais uma edição de treinamento para hospitais do estado de São Paulo para atualizar os dados na plataforma. Além de transferir a metodologia para a Secretaria de Estado de Saúde para transformá-lo em política pública.
Fonte e fotos: www.marinahelou.com.br
Texto: Andressa Villagra